UFRN tem inscrições abertas para cursos técnicos em agroindústria, agropecuária e aquicultura, Chuvas intensas, rajadas de vento e riscos de queda de energia elétrica; veja previsão do tempo para o DF neste final de semana

Bendev Junior
fevereiro 1, 2025 - 1 mês atrás

Este artigo apresenta um resumo das principais notícias do dia, destacando os acontecimentos mais relevantes. Confira os detalhes a seguir.

1. UFRN tem inscrições abertas para cursos técnicos em agroindústria, agropecuária e aquicultura

Inscrições para 43 vagas são gratuitas e podem ser feitas até o dia 7 de fevereiro no site da Comperve. É necessário que candidatos sejam associados ou parentes de associados de sindicato ou colônias filiadas a algumas organizações da sociedade civil. Escola Agrícola de Jundiaí fica em Macaíba, na Grande Natal
Divulgação/EAJ
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) está com inscrições abertas para 43 vagas nos cursos técnicos subsequentes de Agroindústria, Agropecuária e Aquicultura. As vagas são para a Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ), em Macaíba, na Grande Natal.
As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até 7 de fevereiro de 2025 no site da Comperve, onde também está disponível o edital.
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Para concorrer às vagas, o candidato deve ter concluído o ensino médio.
As 43 vagas foram distribuídas:
15 para Agroindústria;
7 para Agropecuária;
21 para Aquicultura.
A seleção é realizada por meio da análise do desempenho escolar dos candidatos nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, ou equivalentes, durante os três anos do Ensino Médio, ou, alternativamente, por meio de análise do desempenho no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).
Os resultados preliminares do processo seletivo serão divulgados no dia 12 de fevereiro de 2025 e o final está previsto para 17 de fevereiro. O início das aulas está marcado para 17 de março de 2025.
Quem pode concorrer
Para concorrer, os candidatos precisam ser associados ou parentes de associados de sindicatos, ou colônias filiadas a uma das seguintes organizações da sociedade civil:
Organizações Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do RN (Fetarn);
Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do RN (Fetraf);
Federação dos Pescadores e Aquicultores Artesanais do RN (Fepern);
Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Norte (Ocern).
Para os candidatos ao curso de aquicultura, será possível também anexar documentos que formalizem a profissão, como o Registro Geral da Pesca ou a Carteira de Pescador, o que dispensa a exigência de associação com as organizações mencionadas no edital.
Curso presencial
Os cursos oferecidos pela EAJ/UFRN são presenciais e com aulas em período integral. Além do processo seletivo para os cursos, também há seleção para os serviços de assistência estudantil, que oferecem benefícios como Residência Estudantil, Auxílio Moradia, Auxílio Transporte e Alimentação. Os editais específicos para esses serviços serão publicados no site da EAJ/UFRN.
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2. Chuvas intensas, rajadas de vento e riscos de queda de energia elétrica; veja previsão do tempo para o DF neste final de semana

Em fevereiro, segundo Instituto Nacional de Meteorologia, é esperado que as chuvas não passem a previsão de 179.5 mm. Instituto emitiu alerta laranja para perigo de chuva intensa neste final de semana Tempo nublado nesta quinta-feira (3), no DF
TV Globo/Reprodução
Janeiro acabou, mas as chuvas repentinas ainda persistem no início de fevereiro no Distrito Federal. Os primeiros dias do mês serão marcados por alta umidade, calor e chuvas intensas, é o que prevê o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) ⛈️🌦️.
O Inmet publicou nesta sexta-feira (31) um alerta laranja referente ao perigo de chuvas intensas no DF. De acordo com o instituto, a previsão é de que os ventos cheguem de 60 a 100 km/hr. Há riscos de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas. 🟠
⛈️ O alerta vai até este domingo (2).
Em fevereiro, é esperado que as chuvas não passem a previsão de 179.5 mm. De acordo com o Inmet, até domingo (2), a temperatura mínima deve ficar em torno de 18°C e a máxima pode chegar a 25ºC. A umidade varia entre 95% e 65%.
“Depois do dia 5 de fevereiro, a tendência é que os dias esquentem, serão dias com chuvas, temperatura quente. Como a atmosfera tem humidade e com a elevação da temperatura, pode ocasionar chuvas com pancadas, mas também teremos vários dias ensolarados”, afirma a meteorologista, Andrea Ramos.
Ventos fortes e chuva: veja estragos no DF
Imagem mostra momento em que homem desvia de tapume levado pelo vento na Câmara
Veja a previsão diária neste início de fevereiro no DF
🌧️ Sábado (1°)
Temperatura: 18°C a 26°C
Umidade: 95% a 65%
🌧️ Domingo (2)
Temperatura: 18°C a 25°C
Umidade: 95% a 65%
🌧️🌤️ Segunda- feira (3)
Temperatura: 18°C a 25°C
Umidade: 95% a 65%
🌧️🌤️ Terça-feira (4)
Temperatura: 18°C a 25°C
Umidade: 95% a 65%
Instruções:
Em caso de rajadas de vento: não se abrigue debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda;
Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia;
Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
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3. Balança comercial de Piracicaba tem saldo positivo menor por queda na exportação de máquinas, diz estudo

EUA são principais compradores dos itens produzidos pela região piracicabana e diminuíram a compra de 34,8% para 15,25% em um ano, segundo relatório da Esalq/USP. Porto de mercadorias
Tiago Rêgo/Agência Brasil
A balança comercial da Região Metropolitana de Piracicaba (RMP) registrou saldo positivo em 2024, mas menor do que em 2023. É o que aponta um relatório divulgado nesta sexta-feira (31) pelo Observatório da RPM, grupo de estudos do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq/USP de Piracicaba (SP).
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O saldo positivo foi de, aproximadamente, US$ 1,09 bilhões em 2024, mas US$ 280 milhões a menos do que em 2023, quando registrou US$ 1,37 bilhões.
De acordo com o estudo, o resultado local seguiu tendência brasileira, com pouca variação nas exportações, mas crescimento nas importações. Na RMP, as exportações da região piracicabana cresceram 0,9% e as importações aumentaram em 8,1%. Essa movimentação gerou um saldo comercial 20% inferior ao ano de 2003, apontou o relatório.
Um dos motivos para a diminuição nas exportações da RMP de 2023 para 2024, segundo o estudo, é a menor saída de itens com alto valor agregado, como máquinas de terraplanagem e de perfuração. Houve queda de 28% nas vendas em um ano.
As máquinas de terraplanagem e de perfuração estão no topo de produtos mais exportados pela RMP. Só em 2024, esse setor representou 29,23% de tudo que foi exportado pela indústria local.
O relatório ainda citou a diminuição de vendas externas de produtos com maior valor agregado. Automóveis registraram, de 2023 para 2024, redução de 24%, e geradores, de 33%.
“No entanto, esses itens tiram um impacto menor das exportações, uma vez que sua participação relativa é menor”, traz trecho do estudo da Esalq/USP assinado pelos professores Cristiane Feltre, Eliana Tadeu Terci e Carlos Eduardo de Freitas Vian.
Para onde a RMP exporta?
De acordo com o relatório, a os principais compradores dos produtos da RMP em 2024 foram os EUA (15,25%), Canadá (2,50%), Emirados Árabes (2,28%), México (2,27%), Argentina (2,26%) e Países Baixos (2,22%).
Em 2023, os EUA compraram 34,8% dos produtos da RMP. Mas em 2024, esse número caiu mais da metade com 15,25%.
“Isso se deveu em partes à queda nas vendas de máquinas de terraplanagem e perfuração e suas partes, as quais os EUA é o principal comprador”, afirma o estudo.
Porém países com Bulgária, Colômbia, Paraguai mais do que triplicaram compras nesse setor.
Menor valor agregado
As exportações que cresceram foram de produtos como açúcar (67%), sumo de frutas e produtos hortícolas (121%) e extratos, essências e concentrados (51%).
Mas o relatório apontou que não cresceram o suficiente para reverter o cenário da balança, porque são produtos de baixo valor agregado.
Produtos exportados pela RMP
Principais itens de exportação da RMP em 2024
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4. Candidato empurrado por baixo de portão no 1° dia de Enem ganha bolsa de estudos para cursar educação física

Gustavo Silvio da Silva Neves quase não conseguiu realizar o primeiro dia do Enem por causa do horário. O vídeo do jovem de 18 anos viralizou nas redes sociais do g1 e acumulou mais de 5 milhões de visualizações. Gustavo Silvio da Silva Neves, de 18 anos, foi o candidato que rolou e foi ’empurrado’ por baixo do portão no momento do fechamento no primeiro dia do Enem, em Cuiabá
Jardes Johnson/g1
O candidato que rolou e foi ’empurrado’ por baixo do portão segundo antes do fechamento total do portão no primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ganhou uma bolsa de estudos e vai fazer o curso de educação física em uma faculdade particular de Cuiabá, a partir deste ano.
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O vídeo do jovem de 18 anos viralizou nas redes sociais do g1 e acumulou mais de 5 milhões de visualizações. Segundo o estudante, o atraso no primeiro dia foi causado por uma confusão sobre o horário de prova e momento de pico no trânsito.
Essa foi a segunda vez que o cuiabano Gustavo Silvio da Silva Neves prestou o Exame. Atualmente, ele trabalha em uma loja de sucos em um shopping da capital. Para ele, viralizar nas redes sociais não estava nos planos, mas acredita que o ‘empurrão’ deu espaço para novas oportunidades.
“Acho que viralizar ajudou muito. Muita gente que viu, quis me ajudar. Minha família ficou me zoando sobre o horário e duvidou um pouco da oportunidade, mas deu tudo certo”, contou.
Candidato é ’empurrado’ e consegue passar por baixo do portão para fazer Enem em Cuiabá
Stephane Gomes/g1
Gustavo disse que ficou surpreso com a repercussão do vídeo e que não imaginava a proporção que a situação iria tomar. Agora, o candidato se prepara para o início das aulas e admite que, apesar de nervoso com a nova fase, vai se esforçar para concluir o curso e seguir carreira.
“Estou um pouco ansioso e nervoso, pois é uma coisa nova na minha vida. Espero que dê tudo certo e espero conseguir bons resultados e aprender muito”, pontuou.
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Professora deu o ’empurrão’
Candidato é ’empurrado’ e consegue passar por baixo do portão para fazer Enem em Cuiabá
A professora que ajudou Gustavo a rolar por baixo do portão do local de prova, não conhecia o estudante. À época, Kelina Pereira de Souza contou ao g1 que no momento do “empurrão”, só pensava em ajudar. Após o ocorrido, voluntários e pessoas que estavam na porta da universidade comemoraram a entrada do candidato que, por questão de segundos, participou do primeiro dia da prova.
“Esse menino veio correndo e nós falamos ‘Vambora!’. Ele abaixou, a gente pediu pro pessoal segurar o portão, o menino se jogou e eu e um amigo meu empurramos ele. Dá uma sensação de alívio, porque o Enem é uma vez por ano e se ele perdesse, estaria desclassificado”, explicou.
Keline disse que não conhecia o aluno até aquele momento. “Não conheço ele e inclusive quero conhecê-lo! No calor do momento, a gente só queria que ele passasse pelo portão e fizesse a prova”, lembrou. Leia mais

5. De ‘óculos leitor’ a maquete tátil: como Unicamp evoluiu para ampliar acesso de estudantes cegos a pesquisas

Primeiro vestibular com cotas para pessoas com deficiência (PCDs) na universidade teve a lista de aprovados na semana passada. De óculos leitor a maquete tátil: projetos feitos na Unicamp ajudam deficientes visuais
Pela primeira vez na história, a Unicamp reservou vagas de graduação para estudantes com deficiência. A ação inclusiva, que foi implantada no processo seletivo de 2025, acompanha outras iniciativas que buscam tornar a pesquisa mais acessível a PCDs.
Óculos que transformam texto em áudio, placas de circuitos com recursos táteis e sonoros, além de maquetes que podem ser tocadas são parte das ferramentas produzidas na Unicamp para permitir que estudantes com deficiência visual possam desenvolver pesquisas.
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Apesar do avanço, professores e alunos cegos apontam a necessidade de melhorias estruturais nos campi da universidade (leia mais abaixo).
De óculos leitor a maquete tátil: como Unicamp busca aproximar a pesquisa de estudantes com deficiência
Montagem/g1
Eletrônica, cálculos e programação
Um dos exemplos de iniciativas ligadas à pesquisa foi criada pelo engenheiro elétrico Giordano Arantes, que desenvolveu uma placa de circuitos com dispositivo tátil e sonoro no início do doutorado.
A ideia surgiu após uma faculdade entrar em contato com o orientador de Arantes, Luiz Cesar Martini – que já atuava com pesquisas na área da acessibilidade – e informar a dificuldade em incluir alunos com deficiência visual nos cursos de engenharia.
“Os alunos entram num curso de engenharia e na hora de aprender programação e mexer com os circuitos elétricos, esse aluno fica impossibilitado de ser ativo nessas disciplinas, pois essas disciplinas exigem é atividade prática e eles viram só ouvintes”
O orientador não tinha nada relacionado à área de elétrica e eletrônica, mas o doutorando assumiu o desafio e criou um protótipo com três itens:
Multímetro falante, é um dispositivo que serve para medir tensão, corrente elétrica e valor de um resistor, mas adaptado com acessibilidade tátil e valores em áudio, onde o usuário consegue escutar os valores que estão sendo medidos.
Protoboard com acessibilidade tátil, é uma placa que serve para efetuar testes de circuitos elétricos com diferentes tipos de dispositivos eletrônicos.
Uma segunda protoboard com acessibilidade tátil, mas com sensores programáveis utilizados em conjunto com um aplicativo e permite ao aluno cego aprender a programar sem a necessidade de uma linguagem de programação.
Arantes contou que a placa foi criada com uma impressora 3D e testada com o próprio orientador, que é uma pessoa cega, e “muito fã da parte de elétrica e eletrônica e programação”. O custo de cada placa fica em aproximadamente R$ 600 e podem ser feitos em qualquer lugar.
O orientador também já produziu alguns protótipos como calculadoras que fazem operações complexas como integrais e matrizes que são muito utilizados na engenharia, e por meio de um software que desenvolveu, torna acessível para pessoas com deficiência visual. Atualmente a dupla desenvolve aplicativos para garantir acesso ao YouTube e a inteligências artificiais.
“Uma empresa tão grande como a Google não tem nada que permita acessibilidade para pessoas com deficiência visual acessarem as suas ferramentas”.
Placa de circuitos com dispositivo tátil e sonoro criado na Unicamp que ajuda alunos com deficiência visual
Giordano Arantes/arquivo pessoal
Laboratório de Acessibilidade
Nascido em um projeto de pesquisa em 2002, o Laboratório de Acessibilidade ligado à Biblioteca Central (BC) é outro exemplo na Unicamp. O espaço conta com recursos e ferramentas para alunos cegos e com baixa visão.
Michele Lebre de Marco, bibliotecária responsável pelo local, conta que a ideia nasceu em um projeto de pesquisa de um grupo de professores, mas com o tempo tornou-se parte de um departamento na universidade.
“Nós atendemos pessoas cegas, com baixa visão ou com qualquer outro tipo de deficiência que cause dificuldade para que a pessoa utilize o texto impresso com autonomia. Nosso propósito é justamente garantir que essas pessoas tenham o direito de realizar os estudos e as pesquisas com maior grau de autonomia possível”, informou.
Desta forma, Marco explica que o Laboratório oferece serviços para a comunidade interna com adaptação de livros e artigos para formatos acessíveis a pessoas com deficiência com transcrição para áudio de textos, imagens, tabelas e gráficos.
Outra iniciativa é no vestibular, com o fornecimento da adaptação em áudio das obras de leitura obrigatória nos vestibulares da Unicamp aos candidatos que declararem deficiência visual no ato da inscrição.
Além disso, o laboratório possui equipamentos e softwares que visam oferecer autonomia às pessoas com deficiência através da tecnologia. E dentre os aparelhos, ela destacou o “óculos de visão artificial”.
“Ele tem uma câmera acoplada com sistema de escaneamento que faz a leitura em voz dos livros. A pessoa com deficiência coloca esse óculos, posiciona o livro e ele, através do escaneamento feito em segundos, lê o livro para a pessoa. Isso permite que as pessoas cegas ou com baixa visão possam acessar esses materiais impressos com autonomia.”
Óculos leitor possui câmera acoplada com sistema de escaneamento que faz a leitura em voz dos livros na biblioteca da Unicamp.
Laboratório de Acessibilidade do SBU
Maquetes táteis
Outra iniciativa que visa melhorar a acessibilidade de pessoas com deficiência visual na Unicamp vem do Laboratório de Pesquisa Aplicada em Acessibilidade Arquitetônica e Urbana (Lapa), ligado à prefeitura do campus.
Criado em maio de 2024, o laboratório desenvolve projetos como o “Para Todos Verem”, cujo objetivo é melhorar a acessibilidade dos edifícios. Dentre eles as maquetes táteis são os mais adiantados segundo a mestre em Engenharia Civil Edilene Teresinha Donadon.
“As maquetes são feitas no computador e impressas na impressora 3d com filamento PLA. Testamos com funcionários e professores com deficiência visual e os resultados foram surpreendentes”
Ela contou que um protótipo da maquete foi testado com um funcionário que trabalha na Unicamp há 22 anos e ele se emocionou ao tatear o objeto e “compreender finalmente o desenho das ruas desse lugar que ele já detinha muitas percepções”
Outro projeto em desenvolvimento é o ‘Guia Vidente’ que faz uma audiodescrição do bairro entorno do campus, evidenciando as ruas, avenidas e principais referências urbanas.
“Fazemos este trajeto com um veículo elétrico que atende pessoas com deficiência (VAMUS) até o edifício que o aluno ou professor cego deseja chegar, nele, descrevemos o percurso, localização de sanitários, bebedouros e assim proporcionamos autonomia.”
Ricardo Antunes Barbosa montando a maquete do Cecom.
Edilene Teresinha Donadon/arquivo pessoal
Acesso à pesquisa e dificuldades estruturais
Os alunos e pesquisadores entrevistados comentaram que iniciativas como o “Vamos”, um veículo de mobilidade interna, o Laboratório de Acessibilidade da Biblioteca Central, eventos com audiodescrição, cotas para PCDs nos vestibulares e editais futuros para docentes, são diferenciais na universidade.
Anderson Ferreira Souza de Oliveira, estudante de Matemática Aplicada e Computacional, ressalta que o suporte da universidade é essencial. “Isso me dá segurança para me desenvolver”, conta.
Apesar dos avanços, os desafios enfrentados por pessoas com deficiência visual ainda são grandes dentro da universidade, aponta parte dos entrevistados.
André Kaysel, professor do Departamento de Ciência Política, perdeu a visão aos 22 anos e leciona na Unicamp desde 2017. Segundo ele, ainda há a necessidade de a Unicamp se preparar para garantir mobilidade aos alunos.
“Falar sobre acessibilidade à pesquisa não se resume apenas a instrumentos, mas no preparo dos prédios do campus de forma estrutural com instalação de piso tátil, rampas e elevadores”.
Amauri Donadon Leal Junior, estudante de doutorado em Ciências Farmacêuticas, explica na prática como esse problema se dá. “Às vezes é meio complicado aquelas calçadas que têm relevos muito íngremes ou que não são lisas. Para quem usa bengala de deficiente visual, você vai tateando ali com a bengala. É complicado pois enrosca bastante”.
Isabele Robles também lembra que parte do desafio é tornar mais conhecida as iniciativas da Unicamp e que elas tenham a participação de pessoas com deficiência que realmente saibam as dificuldades
“Nosso lema de luta enquanto pessoas com deficiência é ‘nada sobre nós, sem nós’ então a presença de pessoas com deficiência nesses espaços deliberativos é muito importante para tornar isso mais inclusivo e de fato mais representativo. Às vezes a pessoa sem deficiências, não vão entender tão bem como é a nossa vivência ou não vão ter um olhar que não seja tão tecnicista. Porque a gente precisa de um olhar mais empático. E aí às vezes a vivência de outras pessoas com deficiência nesses espaços é fundamental para a gente conseguir ter esses esse olhar um pouco diferente”, conclui.
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