O polo socioambiental Sesc Pantanal esclarece que a preocupação com o processo de erosão nas margens do Rio Cuiabá acontece desde 1997. Geologicamente, o rio Cuiabá é jovem, por isso a mudança do leito é um processo natural, que resulta na erosão fluvial das suas margens.

Em 2001 por solicitação do Sesc Pantanal, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil realizou estudo e parecer técnico sobre a mudança natural do Rio Cuiabá em Porto Cercado, km 357, sendo o problema comum e característico da bacia pantaneira, proporcionado pela sua baixa declividade e baixa resistência geológica.

Como observado in loco pela entidade, o rio apresentava diversos abandonos de leito e meandros com consequente formação de novos leitos.

Diante do conteúdo e recomendações do parecer da Defesa Civil, foram iniciados e intensificados estudos técnicos para viabilizar a análise e escolha da melhor alternativa técnica de engenharia para contenção do processo erosivo e/ou proteção da margem do Rio Cuiabá, com estudo e acompanhamento sistemáticos de topobatimetria da área, realizados até o presente momento.

Após inúmeros estudos e projetos técnicos, o Sesc Pantanal executou a intervenção às margens do Rio Cuiabá, com objetivo de neutralizar os avanços no processo erosivo, fato este previsto e considerado como consequência natural da ruptura total da alça peduncular localizada à montante do Hotel Sesc Porto Cercado.

Conforme os diversos pareceres técnicos da época, a ausência de intervenção no processo de erosão representava ameaça e risco à segurança do tráfego aquaviário, considerando o carreamento de resíduos para o leito. Por isso, após a conclusão dos projetos de engenharia, com estudos Geológicos, Topográficos, Geotécnicos, além da morfologia do Rio Cuiabá, foram instaladas as estruturas de proteção na margem direita, com cravação de estacas-prancha.

Ocorre que, mesmo com a desaceleração do processo erosivo com a cravação de estacas e defletores, que poderia ter sido muito mais intenso caso os defletores não tivessem sido instalados, a erosão natural, associada a ação das correntes fluviais, acabou por alterar o posicionamento da calha navegável do rio.

O Sesc Pantanal vem estabelecendo plano técnico de ação e elaboração de projeto para promover a remoção dos defletores e continuidade das medidas de proteção das margens. Como sempre preconizado pelo polo socioambiental Sesc Pantanal, todas as medidas adotadas são objeto de formalização perante os órgãos competentes.

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Jornalista, produtor cultural e escritor. Walney de Souza Rosa (Vavá Rosa) presta assessoria e escreve para sites de Mato Grosso e de todo o Brasil. Seus artigos literários e culturais já foram publicados em jornais da Europa, Canadá e Estados Unidos. Idealizador e Fundador em 21 de janeiro de 2011 da Academia Lítero-Cultural Pantaneira, que compõe escritores, poetas, músicos e defensores da cultura pantaneira (com sede em Poconé) Entre obras já publicadas: A fé e o fuzil (A história de Doninha do Caeté); Boca da Noite (Ficção policial); Ei amigo (A história do Lambadão de Poconé).

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