O deputado federal Neri Geller (PP) informou que irá recorrer da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou seu mandato e o tornou inelegível por oito anos. O parlamentar participou de uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (24) para apresentar sua defesa.
Neri concorre ao Senado por Mato Grosso e, segundo ele, seguirá como candidato, já que acredita que não terá o registro indeferido.
Ele foi condenado por ter utilizado a conta bancária do filho para, segundo o TSE, mascarar recursos que havia recebido na campanha eleitoral de 2018. O Ministério Público apontou também que Geller teria “disfarçado” recursos recebidos como pagamentos advindos da atividade de produtor rural.
Porém, segundo o parlamentar, o filho é seu sócio e os pagamentos de multinacionais teriam entrado na conta dele e foram para a conta do filho. Destacou ainda que é “perfeitamente comum” haver esse tipo de transferência e alegou que tudo declarado no Imposto de Renda.
Com a decisão do TSE, a suplente Gisela Simone, do União Brasil, assume a vaga.
Investigação
O Ministério Público Eleitoral (MPE) ajuizou notícia de inelegibilidade contra Neri Geller com o objetivo de que o registro de candidatura seja indeferido ou, se eleito, o diploma seja cancelado.
No entendimento da promotoria, o candidato pelo Progressista na coligação Pra Cuidar das Pessoas está inelegível por oito anos, após decisão do TSE.