Especulações, indignação, saudosismo fazem parte dos sentimentos e expressões do poconeano quanto a seca do Rio Bento Gomes.
Na esteira do problema as imagens chocam e busca-se culpados.
Em uma entrevista exclusiva para PAN-TV a senhora Danielle Assis esclarece sobre os estudos que estão identificando o problema e assim um norte para encontrar soluções de recuperação.
Danielle é Secretária Municipal de Meio Ambiente, pantaneira e pode falar com conhecimento de causa social por outro lado Danielle é formada em Engenharia Sanitária Ambiental pela UFMT e está concluindo os estudos do Rio Bento Gomes em seu Mestrado de Recursos Hídricos.
Entre os esclarecimentos prestados identificamos que todas as dificuldades enfrentadas é devido a consequências ambientais e ação humana.
Ficou evidente que ambos os fatores: bióticos e abióticos contribuíram para a seca do rio em Poconé.
No entanto por ser na região do pantanal, o homem (ser vivo) minimizou suas intervenções do ecossistema (por obrigação da legislação). Entre as evidências a ação antropogênica, a exemplo do aumento populacional, o uso da água para consumo e operações de produção em geral.
Esses esclarecimentos focam no fator abiótico, o ‘El niño’ inclusive, aumentando as temperaturas e alterando o período das chuvas.
Estudos comprovam que em Poconé continua chovendo a mesma quantidade de água, no entanto o período da chuva que era de outubro a março (seis meses), diminuiu para 3 meses: metade de novembro, dezembro, janeiro e até a metade de fevereiro. Portanto a mesma quantidade de água cai em maior volume em menos período de tempo; resultando numa terra sem o período adequando para absorver a água e propiciar longevidade a corrente dos rios e córregos. Na matéria poderemos concluir que o cidadão poconeano deve tentar melhorar o seu habitat natural, salvando o Rio Bento Gomes, mas para isso deve mudar o seu NICHO ECOLÓGICO, ou seja seu comportamento no meio.