A juíza Katia Rodrigues Oliveira, da Vara Única de Poconé expediu alvarás de soltura de dois jovens envolvidos em um crime de assassinato de um idoso; o assessor parlamentar Sérgio Barbieri, de 73 anos. Segundo informações a Justiça arquivou, na sexta-feira (9), o inquérito policial que investigava a participação dos dois jovens na morte do idoso.
No final de janeiro, o assessor parlamentar foi encontrado morto, com marcas de tiros, ao lado do monumento São Francisco de Assis do Pantanal, no km 25 da Rodovia Transpantaneiro, em Poconé.
A Juíza teria manifestado que “havia poucos elementos que comprovariam a autoria do crime pelos dois jovens que estavam sob prisão preventiva”. Na decisão, a juíza afirmou que não “há fundamento plausível para o requerimento”.
Tudo isso aconteceu porque o adolescente apreendido mudou a versão do depoimento e afirmou que tinha um relacionamento com o assessor e que foi o responsável pelo crime. Ele alegou que foi contratado por R$ 7 mil para matar o assessor, em uma “queima de arquivo”. Essa decisão foi baseada nas declarações prestadas pelo adolescente de 16 anos e os pais dele que afirmaram que o assessor e o adolescente tinham um relacionamento. Sérgio teria comprado uma moto para o menor, que iria começar a ser paga em parcelas de R$ 1 mil a partir de 31 de janeiro.
O inquérito contra o menor segue em andamento, segundo a Polícia Civil. A Delegacia de Poconé informou que aguarda o resultado das perícias sobre os celulares apreendidos para concluir a investigação.
Versões investigadas
Segundo reportagem assinada por Davi Vittorazzi da TV Centro América; no dia do assassinato, o menor, um outro adolescente e o assessor iriam passar o final de semana juntos e estavam no mesmo carro. Na primeira versão, o adolescente contou que foi abordado por outro carro e outros suspeitos teriam cometido o assassinato.
Já em uma nova versão, o adolescente afirmou que foi o responsável pelo assassinato. O menor cita que um dos suspeitos presos teria o ameaçado e o contratado por R$ 7 mil para matar o assessor, em uma situação de “queima de arquivo”. Porém, o adolescente não soube explicar a motivação.
Entre as mudanças de versões, o adolescente também tinha dito que foi procurado por um suspeito pessoalmente. Depois, disse que foi por uma rede social.