O metal raro e essencial para o seu celular que está por trás de sangrenta guerra na África, Suspeito de tráfico de drogas morre em confronto com a polícia na Bahia

Bendev Junior
fevereiro 9, 2025 - 1 mês atrás

Este artigo apresenta um resumo das principais notícias do dia, destacando os acontecimentos mais relevantes. Confira os detalhes a seguir.

1. O metal raro e essencial para o seu celular que está por trás de sangrenta guerra na África

Muitas das minas congolesas de coltan, das quais o tântalo é extraído, são controladas pelos rebeldes do M23, que tomaram a cidade de Goma e são apoiados pelas tropas de Ruanda, de acordo com a ONU. O M23 é suspeito de usar o dinheiro que arrecada com o controle das minas de coltan para pagar guerrilheiros e financiar armas
EPA via BBC
É muito provável que dentro do seu celular haja uma pequena quantidade de um metal que começou sua jornada enterrado no subsolo do leste da República Democrática do Congo, onde atualmente está sendo travada uma guerra brutal.
É possível, inclusive, que esteja diretamente ligado ao grupo rebelde M23, que foi destaque no noticiário do mundo todo.
O tântalo presente no seu dispositivo tem menos da metade do peso de uma ervilha, mas é essencial para a operação eficiente de um smartphone — e de quase todos os outros dispositivos eletrônicos sofisticados.
As propriedades únicas deste metal raro, azul-acinzentado e brilhante, como a capacidade de manter uma carga alta em comparação com seu tamanho e operar em diferentes temperaturas, fazem dele um material ideal para capacitores minúsculos que armazenam energia temporariamente.
Ele também é extraído em Ruanda, no Brasil e na Nigéria, mas pelo menos 40% — e talvez mais — do fornecimento mundial deste metal vem da República Democrática do Congo, e algumas das principais áreas de mineração estão agora sob o controle do M23.
Homens entregam armas para agentes da ONU em Goma, no Congo, durante invasão de rebeldes
Esta milícia é liderada por membros da etnia tutsi, vítimas do genocídio ruandês de 1994, que afirmam ter pegado em armas para proteger os direitos desta minoria.
A atual onda de combates vem ocorrendo há meses, mas os rebeldes ganharam os holofotes com o ataque no dia 2 de fevereiro a Goma, um importante centro comercial e de transporte. A cidade, que faz fronteira com Ruanda e tem uma população de um milhão de habitantes, é um centro regional para o setor de mineração.
Os confrontos entre a milícia e as forças do governo deixaram um cenário de horror, com milhares de mortos e corpos espalhados pelas ruas.
O caos que tomou conta da cidade quando ela foi tomada pelo M23 levou a uma fuga em massa da prisão de Munzenze, na qual mais de 100 mulheres foram estupradas na ala feminina da prisão e, posteriormente, queimadas vivas quando a prisão foi incendiada, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).
O país onde 48 mulheres são estupradas a cada hora
No último ano, o M23 avançou rapidamente pelo leste da República Democrática do Congo, uma área rica em minerais, ocupando territórios onde é extraído coltan, o minério do qual é extraído o tântalo.
Assim como muitos outros grupos armados que operam na região, o M23, criado em 2012, começou defendendo os direitos de um grupo étnico que se considerava ameaçado. Mas, à medida que seu território se expandiu, a mineração se tornou uma fonte crucial de renda para pagar combatentes e armas.
De acordo com a ONU e grupos como o International Crisis Group, Ruanda apoia os milicianos do M23, oferecendo treinamento e armamento sofisticado, além de soldados em campo.
“Não há dúvida de que há tropas ruandesas em Goma apoiando o M23”, disse o chefe das forças de manutenção da paz da ONU, Jean-Pierre Lacroix.
Em abril do ano passado, o M23 tomou Rubaya, uma cidade localizada no coração do setor de coltan do país.
A extração de minerais nesta região não está nas mãos de conglomerados multinacionais — milhares de pessoas trabalham nas minas a céu aberto que se estendem pelo território, ou no subsolo, em condições extremamente inseguras e insalubres.
A exploração de uma mina de coltan, em Rubaya, em 2014
Monusco via BBC
Elas fazem parte de uma complexa rede informal que extrai rochas do solo com pás, leva para a superfície, tritura, lava, brita, vende e exporta para posterior purificação e fundição.
Quando o M23 se instalou em Rubaya, os rebeldes estabeleceram o que um grupo de especialistas da ONU descreveu como uma “administração semelhante à do Estado”, emitindo licenças para mineradores e comerciantes e exigindo uma taxa anual de US$ 25 e US$ 250, respectivamente. O M23 dobrou o salário dos mineradores para garantir que eles continuassem trabalhando.
O grupo administra a área como um monopólio e garante — com a ameaça de prisões e detenções — que somente os comerciantes autorizados tenham permissão para exercer a atividade.
O M23 também cobra uma taxa de US$ 7 por quilo de coltan. O grupo de especialistas da ONU estimou que, como resultado, o M23 recebe cerca de US$ 800 mil por mês de impostos sobre o coltan em Rubaya. É quase certo que esse dinheiro seja usado para financiar a rebelião.
Há um ponto de interrogação sobre como o minério extraído das áreas controladas pelo M23 entra na cadeia de suprimentos global.
A vizinha Ruanda, que se acredita apoiar o M23, está no centro da resposta, segundo especialistas da ONU.
Em teoria, um sistema de rastreabilidade — conhecido como Iniciativa Internacional da Cadeia de Suprimentos de Estanho (ITSCI, na sigla em inglês) — deve garantir que o metal que é usado na fabricação de celulares e outros eletrônicos seja proveniente de fontes responsáveis e evite o financiamento de conflitos e violações de direitos humanos.
Goma, cidade que faz fronteira com Ruanda, é um centro regional para o setor de mineração
Reuters via BBC
A Lei Dodd-Frank dos EUA, aprovada em 2010, e uma regra semelhante na União Europeia visam garantir que as empresas que compram estanho, tântalo, tungstênio e ouro — os chamados “minerais de conflito”— não financiem inadvertidamente a violência.
Mas a rastreabilidade não é simples, e a ITSCI tem sido alvo de algumas críticas. A natureza dispersa das pequenas minas torna difícil para as autoridades locais monitorá-las com precisão e, de acordo com Ken Matthysen, especialista em segurança e gerenciamento de recursos do grupo de pesquisa independente IPIS, há um problema de corrupção.
A ITSI disse à BBC que cobre 3 mil minas, e que essas comunidades remotas se beneficiaram do seu apoio.
No caso de Rubaya, a ITSCI suspendeu suas operações na região logo após a entrada do M23 na cidade, mas o grupo conseguiu continuar exportando coltan por meio de Ruanda, de acordo com especialistas da ONU.
Ruanda tem suas próprias minas de coltan, mas especialistas afirmam que o minério não certificado é misturado à produção ruandesa, causando “contaminação significativa das cadeias de suprimentos”.
“Grande parte do comércio destes minerais passava pela área controlada pelo M23 em direção a Ruanda. Portanto, mesmo naquela época, Ruanda estava se beneficiando da instabilidade no leste da República Democrática do Congo, e vimos que os volumes de exportação para Ruanda já estavam aumentando”, disse à BBC.
O M23 aumentou os salários dos mineiros em Rubaya, mas garantiu o monopólio do comércio de coltan
AFP via BBC
Os dados do Serviço Geológico dos EUA mostram que as exportações de coltan de Ruanda aumentaram 50% entre 2022 e 2023. Matthysen afirmou que não é possível que tudo isso venha de Ruanda.
A porta-voz do governo de Ruanda, Yolande Makolo, reiterou à BBC que havia minerais e capacidade de refino em seu país, e que era cínico “pegar o que está acontecendo no leste da República Democrática do Congo, onde uma comunidade perseguida está lutando por seus direitos… e transformar em uma questão de ganho material”.
O presidente de Ruanda, Paul Kagame, também rejeitou os relatórios dos especialistas da ONU, desdenhando do seu “profissionalismo”.
Grande parte do leste da República Democrática do Congo está em conflito há muitos anos, o que levanta questões sobre quem se beneficiou, e se os grupos armados estão lucrando com o que está sendo extraído da terra.
Para ilustrar o problema e sua relação com a indústria de smartphones, o governo congolês entrou com processos criminais na França e na Bélgica no fim do ano passado contra subsidiárias da gigante da tecnologia Apple, acusando-as de usar “minerais de conflito”.
A Apple contestou a alegação, afirmando que, desde o início de 2024, devido à escalada do conflito e dificuldades de certificação, ela parou de adquirir tântalo, entre outros metais, tanto da República Democrática do Congo quanto de Ruanda.
Outras empresas não foram tão claras, o que significa que, à medida que o M23 conquistar mais território, esses pequenos fragmentos de tântalo das minas que eles controlam podem continuar chegando aos dispositivos nos quais passamos a confiar.
*Com reportagem de Damian Zane. Leia mais

2. Suspeito de tráfico de drogas morre em confronto com a polícia na Bahia

Caso ocorreu no município de Prado, no extremo sul do estado. Suspeito de tráfico de drogas morre em confronto com a polícia na Bahia
Divulgação/PM-BA
Um homem suspeito de tráfico de drogas morreu em confronto com a Polícia Militar após uma denúncia anônima, no sábado (8), em Prado, no extremo sul da Bahia.
Conforme a PM, o suspeito fazia parte da facção Comando Vermelho (CV) e estaria ameaçando morados da região com uma arma.
Suspeito de tráfico morre após confronto com PMs em festa do tipo ‘paredão’ em Salvador
Os militares se deslocaram ao endereço para apurar a informação e, no local, tentaram abordar o homem, mas ele reagiu. Houve uma troca de tiros e o suspeito foi baleado.
O homem foi socorrido e encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região, mas não resistiu. O corpo dele foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).
Com ele, foram apreendidos um revólver calibre 38, seis munições, uma balança de precisão, drogas e um coldre tático. Todo o material foi apresentado ao plantão regional na DT em Itamaraju.
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3. Carro capota e deixa duas pessoas mortas e três feridas na BR-423, em Iati

Passageira de 35 anos e um adolescente de 13 morreram no local. Outros três, sendo um adulto, uma criança de 9 anos e outra de 9 meses ficaram feridos. Seis pessoas estavam no mesmo veículo. Duas morreram no local.
PRF
Duas pessoas morreram e outras três ficaram feridas após a condutora do veículo perder o controle e o carro capotar no Km 147 da BR-423, em Iati, Agreste de Pernambuco. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o caso foi registrado no último sábado (8).
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Ao g1, a PRF disse que o carro seguia de Águas Belas para Garanhuns, quando a condutora perdeu o controle do veículo e capotou. Havia seis pessoas no veículo, entre elas, uma passageira de 35 anos e um adolescente de 13 que não resistiram aos ferimentos e morreram no local. Os nomes das vítimas fatais não foram divulgados.
Ainda segundo a polícia, outros três passageiros, sendo um adulto, uma criança de 9 anos e outra de 9 meses ficaram feridos e foram encaminhados para o Hospital de Iati. A motorista não se feriu. Ela realizou o teste do bafômetro e o resultado foi normal, ou seja, não tinha ingerido bebida alcoólica. A condutora era inabilitada e foi encaminhada à Delegacia de Polícia Civil de Iati. Leia mais

4. Mais de 230 mil estudantes voltam às aulas em Maceió e na rede estadual de ensino de Alagoas

Cerca de 175 mil alunos da rede estadual e 60 mil alunos de Maceió começam no ano letivo 2025 nesta segunda-feira (10). Aulas nas redes estadual de AL e municipal de Maceió começam na segunda, 10 de fevereiro
O ano letivo de 2025 começa nesta segunda-feira (10) para milhares de alunos das redes estadual e municipal de ensino em Alagoas. Mais de 175 mil estudantes retornarão às aulas em 300 escolas estaduais, enquanto a rede pública de Maceió receberá cerca de 60 mil alunos distribuídos em 157 unidades de ensino, incluindo escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs).
Na capital, 123 escolas e CMEIs iniciarão as atividades na segunda-feira. Outras 16 unidades começarão entre os dias 12 e 21 de fevereiro, e mais 18 escolas e creches terão o início das aulas em março.
“Está tudo pronto para o início das aulas na nossa rede. Cada escola, da sua maneira, preparou um acolhimento. Então, vai ter escola com programações diferenciadas. Tudo para atender a expectativas de cada unidade”, informou a técnica pedagógica do setor de Gestão Educacional da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Juliana Cahet.
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Na rede estadual, a data segue o calendário escolar deste ano, iniciado esta semana com jornadas pedagógicas realizadas pelas gerências especiais e escolas, para formações e integração de professores.
“Nossas unidades de ensino estão preparadas para receber nossos estudantes e as equipes já participaram da jornada pedagógica. Desejamos aos nossos estudantes boas vindas e mais um ano letivo de sucesso”, disse a superintendente da rede estadual de ensino, Dileusa Costa,
O calendário escolar prevê 200 dias letivos, com recesso de 16 a 30 de junho. A portaria que regulamenta o ano letivo estadual está disponível no site da Secretaria de Estado da Educação.
Mais de 230 mil estudantes voltam às aulas em Maceió e na rede estadual de ensino em Alagoas
Alexandre Teixeira/ Ascom Seduc
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5. Incêndio atinge galpão de tintas na Zona Sul de SP
Ainda não há informações sobre vítimas. Um incêndio atingiu um galpão que serve de deposito de tintas na Zona Sul de São Paulo.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta de 14h. Até o momento, não há informações sobre vítimas.
Ao menos 10 viaturas foram até o local.
essa reportagem está em atualização Leia mais

Essas foram as principais notícias de hoje. Continue nos acompanhando para mais informações atualizadas.

  1. Brasil

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