A atriz Vitória Guarizo, de 24 anos, costuma se posicionar nas redes sociais e falar sobre empatia, saúde mental, em um bate papo com a artista, falamos sobre a falta de empatia nas redes sociais.
MT Total: Você considera as pessoas que usam redes sociais “Sem empatia”?
Vitória Guarizo: Sim, eu leio as coisas e penso, ‘ meu Deus, você acredita no que essas pessoas estão dizendo? Quando foi que as redes sociais viraram isso? Tanta gente destilando ódio gratuito? Tanta gente pensando que sabe algo da vida dos outros sem saber de absolutamente NADA real… A falsa consciência só serve para fazer post no Setembro Amarelo. Mas no dia a dia? Zero empatia.
MT Total: Como você lida com a falta de empatia das pessoas?
Vitória Guarizo: O melhor a fazer é entender que, de fato, falta empatia naquela pessoa. Entender que isso faz com que você se dê conta de que você não é o responsável pela indiferença dela e que deve se sentir culpado por expressar seus sentimentos. Tentar fazê-la enxergar sua limitação afetiva pode trazer resultados mínimos e muita frustração. Não enxergue a situação como se um adversário o estivesse desafiando, reflita sobre o assunto com calma, evite levar para o lado pessoal, coloque a situação sob perspectiva e avalie todos os cenários, não tenha receio de mudar de ideia se assim desejar.
MT Total: Você acha as redes sociais tóxica?
Vitória Guarizo: Sim. De forma geral, todo mundo sabe que a internet não é lá o lugar mais saudável do mundo. A internet criou espaço para comunidades e trocas incríveis, só que, em paralelo, deu vazão à intolerância e ao discurso de ódio, representados na figura dos trolls (gente que causa deliberadamente confusão no ambiente online) e dos haters (os promotores do ódio). Não se pode generalizar, mas, na maioria dos vezes, tanto quem xinga e dissemina o discurso de ódio quanto quem é vítima enfrenta problemas relativos à saúde mental. É preciso ficar claro que, infelizmente, o hater nunca vai sumir do mapa. “Esses nuances de perfis psicológicos problemáticos sempre vão existir, tanto na internet quanto na sociedade”, aponta Nabuco. Mas isso não significa que cada um de nós, revendo os comportamentos, não possamos fazer a nossa parte, contribuindo para uma comunidade virtual mais saudável.