Por Barbara Sá – RDNews
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A maquiadora Cleia Rosa dos Santos Bueno, de 37 anos, foi condenada no Tribunal do Júri a 44 anos e nove meses de prisão por encomendar a morte do marido Jandirlei Alves Bueno, executado pelo suposto amante dela, Adriano Gino. A mulher também foi sentenciada por contratar os irmãos José Graciliano dos Santos, 34, e Adriano dos Santos, 23, para matarem Gino. Os crimes aconteceram entre 2016 e 2017.
Pela morte de Jandirlei, crime no qual sempre negou envolvimento, Cleia foi condenada por homicídio qualificado cometido por motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e de maneira cruel. Já pela morte de Adriano Gino, ela foi sentenciada por homicídio qualificado cometido de maneira cruel, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima e para assegurar a ocultação e impunidade de outro crime, no caso, a morte de Jandirlei. Além disso, também foi condenada pela ocultação do cadáver de Adriano.
Os jurados ainda entenderam que os irmãos Adriano dos Santos e José Graciliano tiveram envolvimento na morte de Adriano Gino. Com a decisão, a juíza Rosângela Zacarkim dos Santos fixou a pena de Adriano em 13 anos e seis meses de reclusão, em regime fechado. José Graciliano, por outro lado, pegou uma pena maior, 16 anos e sete meses de prisão.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE), Cleia mandou o amante Adriano matar o marido e depois teria contratado José e Adriano, que trabalhavam como vigilantes no mesmo bairro onde ela morava, para matar o amante. Cleia e os irmãos foram presos no final de março de 2018 por policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf). Os irmãos levaram os investigadores até o local onde o corpo de Gino foi enterrado, em uma área de mata, na estrada Alzira. Ele estava desaparecido desde o dia 23 de dezembro de 2017. Na mesma vala, foi encontrada a motocicleta da vítima.
Jandirlei foi esfaqueado na residência do casal, no Jardim Florença, e a maquiadora afirmava que teria ocorrido um latrocínio (roubo seguido de morte). No entanto, segundo as investigações, a vítima foi esfaqueada por Adriano Gino, que simulou um assalto. Jandirlei foi atingido por dois golpes de faca, em outubro de 2016, e ficou internado por quase dois meses, porém, acabou falecendo.