Mato Grosso reduziu em 85,8% os focos de calor identificados no Pantanal neste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Também houve redução nos biomas Cerrado (28%) e Amazônia (26,3%).

O período analisado vai do dia 1º de janeiro a 20 de maio deste ano. O dado é do monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), compilado pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMMT), por meio do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA).

Considerando todo o estado, sem distinção de bioma, a redução em comparação com o ano passado é de 33,6%, com 2.623 focos identificados em 2021, e 4.254 no ano passado, considerando o mesmo período.

Cerca de 90% dos focos de calor identificados estão localizados entre as mais de 150 mil  propriedades privadas, aponta o levantamento. Cerca de 5% em áreas de assentamento, que são 668 em todo o território mato-grossense, 3,6% em Terra Indígena, e 1% em Unidades de Conservação.

A considerável redução é resultado da política do Estado de prevenção aos incêndios florestais, e de combate ao desmatamento ilegal – prática diretamente ligada ao uso do fogo. Ações preventivas como a conscientização e capacitação de pantaneiros para o uso consciente do fogo, parcerias com a comunidade, pousadas, e ação direta do Corpo de Bombeiros fiscalizando e atendendo aos chamados.

As ações de prevenção e combate ao fogo se intensificam com a aproximação do período proibitivo de queimadas, que foi antecipado em 15 dias pelo decreto estadual nº 938/2021. Fica proibido o uso do fogo em áreas rurais a partir do dia 1º de julho a 30 de outubro deste ano. 

Foco de calor

Um foco de calor é um dado capturado pelos satélites de monitoramento do INPE que indica a ocorrência de um ou mais incêndios na mesma localidade. Os satélites de referência captam dados diários para compor a série temporal ao longo dos anos e assim permitir a análise de tendências nos números de focos para as mesmas regiões, e entre regiões em períodos de interesse.

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Jornalista, produtor cultural e escritor. Walney de Souza Rosa (Vavá Rosa) presta assessoria e escreve para sites de Mato Grosso e de todo o Brasil. Seus artigos literários e culturais já foram publicados em jornais da Europa, Canadá e Estados Unidos. Idealizador e Fundador em 21 de janeiro de 2011 da Academia Lítero-Cultural Pantaneira, que compõe escritores, poetas, músicos e defensores da cultura pantaneira (com sede em Poconé) Entre obras já publicadas: A fé e o fuzil (A história de Doninha do Caeté); Boca da Noite (Ficção policial); Ei amigo (A história do Lambadão de Poconé).

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