Ex-secretário de estado foi preso em operação contra tráfico internacional de drogas

Uma das lideranças políticas do estado de Mato Grosso, Nilton Borgato (PSD) foi preso pela manhã desta terça-feira (19/04).
Nilton atua na gestão pública desde 2001, quando foi secretário municipal em Porto Esperidião de 2001 a 2008, em seguida atuou como prefeito de Glória D’Oeste de 2009 a 2016, também foi presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde de 2009 a 2012 e assessor especial da vice-governadoria, entre 2017 e 2018.
Nilton é ex-secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado de Mato Grosso e acabou de deixar o staff de Mauro Mendes, foi preso nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (19) pela Polícia Federal em uma operação que apura tráfico internacional de drogas. A operação é do estado da Bahia e teve como alvo ainda o advogado Rowles Magalhães.
De acordo com as informações da assessoria de imprensa da PF, a operação é da Polícia Federal da Bahia e tem como objetivo desarticular o tráfico internacional de cocaína. São cumpridos 43 mandados de busca e apreensão e 7 mandados de prisão preventiva na Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco.
Há também cumprimentos de 3 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão em Portugal, nas cidades do Porto e Braga. As medidas judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Federal de Salvados e pela Justiça Portuguesa. Foram decretadas ainda medidas de apreensão, sequestro e bloqueio de imóveis, bens e valores das contas usadas pelos investigados.
O caso: A operação tem como base a apreensão de 595 kg de cocaína apreendidas dentro da fuselagem de uma aeronave em fevereiro de 2021, dentro do Aeroporto Internacional de Salvador. O jato Dassault Falcon 900, de uma empresa portuguesa de táxi aéreo, parou para abastecer e durante a inspeção, agentes encontraram a droga.
A partir das investigações, a polícia conseguiu identificar toda a estrutura criminosa atuante nos dois países, compostas por fornecedores de cocaína, mecânicos e auxiliares –responsáveis pela abertura da fuselagem do avião para esconder a droga -, transportadores – que eram responsáveis pelos voos – além dos doleiros – responsáveis pela movimentação financeira do grupo.
O advogado Rowles Magalhães: Na época em que o avião foi apreendido, a PF descobriu que a aeronave era de uma das empresas em que o lobista era sócio. Sua defesa chegou a declarar que ele “não é proprietário da empresa a qual pertence a aeronave, mas apenas promitente comprador desta, uma vez que firmou apenas um contrato de promessa de compra e venda da empresa”.
Também foi dito que ele não tinha responsabilidade sobre a gestão, administração, plano de voo e outras ações. PF foi questionada sobre a participação do lobista no esquema.