O envelhecimento traz algumas demandas e necessidades, que podem ser melhor atendidas dependendo do lugar onde se mora
Segundo o Censo Demográfico 2022, o número de pessoas com 65 anos ou mais no Brasil aumentou 57,4% nos últimos 12 anos. Hoje, existem, ao todo, mais de 22 milhões de brasileiros nessa faixa etária.
Você já se imaginou idoso? Qual seria o lugar adequado para atender às necessidades físicas e cognitivas de uma pessoa nessa faixa etária? Infelizmente, o envelhecimento é um tabu na cultura brasileira. E, como ninguém fala sobre esse processo, também não se prepara para ele.
Uma das decisões mais importantes do envelhecimento é decidir onde se deseja vivenciar a velhice. Por isso, veja algumas dicas para pensar onde pode ser bom envelhecer e, então, escolher o seu apartamento em Praia Brava.
Aspectos a se considerar
Escolher um lugar para passar a velhice envolve a análise de vários aspectos, mas principalmente as suas condições de saúde (se houver alguma doença ou comorbidade, como é a rede de saúde local e o custo que o acompanhamento e tratamento exigem).
Além disso, como seria uma possível rede de apoio (amigos, pessoas próximas ou profissionais) com quem você possa compartilhar a sua rotina e pedir ajuda quando houver problemas ou imprevistos? Esse é outro aspecto a se pensar.
O custo de vida local também é fundamental, pois impacta o seu orçamento (e, dependendo da sua situação financeira, impacta também o orçamento da sua família).
ILPI
Outro aspecto importante são os jeitos de se morar. Existem as instituições de longa permanência para idosos (ILPI), nas quais os idosos convivem. Há quartos individuais e compartilhados (o número de moradores em cada quarto varia de acordo com cada instituição).
Esse tipo de estabelecimento oferece estruturas físicas adequadas para garantir maior segurança e comodidade aos idosos, tais como corrimãos e rampas de acesso para pessoas em cadeiras de rodas.
Além disso, esses locais possuem espaços amplos e oferecem assistência médica. Instituições mais completas disponibilizam serviços mais especializados, como fisioterapia e terapia ocupacional. Esses locais atendem pessoas com diferentes níveis de dependência.
As ILPIs também definem um horário específico programado para os idosos receberem visitas de familiares e amigos e garantem serviços de acompanhamento com dietas saudáveis prescritas e desenvolvem atividades recreativas e rotineiras. Ainda, essas instituições costumam oferecer ótimas instalações para o deslocamento diário, sobretudo para quem utiliza cadeira de rodas.
República
Nas repúblicas de idosos, reúnem-se pessoas que são independentes e autônomas. A ideia é que estes compartilhem o lar para viver de forma mais sustentável, econômica e mais rica socialmente.
Essas repúblicas costumam aproveitar espaços urbanos preparados para abrigar várias pessoas. Os moradores compartilham as tarefas domésticas e organizam a rotina da casa.
Cuidador domiciliar
Para idosos que gostam de preservar ao máximo sua autonomia e independência, viver em sua casa e ter o apoio de um cuidador domiciliar para algumas tarefas pode ser a melhor opção.
Além de manter a sua privacidade, visto que você não precisa compartilhar o lugar onde mora com pessoas desconhecidas, esse jeito de morar mantém o conforto de já conhecer as instalações e a rotina.
O seu custo financeiro é menor e garante companhia e apoio para atividades básicas na rotina quando seus parentes não estiverem presentes, pois estudam ou trabalham. É importante buscar pessoas de confiança, com experiência e formação para cuidar de idosos, já que a velhice pode trazer questões determinadas que precisam de mais atenção.
É importante lembrar que a escolha de onde envelhecer depende do que você deseja, suas possibilidades e necessidades, além da realidade financeira do idoso e de sua família. Se os familiares tiverem uma postura de superproteção, é importante dialogar e deixar claras quais são as suas prioridades e necessidades, bem como os seus limites.