Num país sem perspectiva para economia nacional, visto a primeira quinzena da administração do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o então famigerado agronegócio deverá ser a tábua de salvação da economia brasileira.
Apesar dos desafios o agronegócio deve voltar a crescer em 2023 e ser o motor da economia brasileira neste ano; talvez o único. O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), calcula que o Produto Interno Bruto (PIB) do setor avançará 8% em 2023, depois de encolher 2% em 2022 devido ao final da pandemia.
Já o Santander espera uma expansão de 7,5%. Se os números projetados se confirmarem, será o maior crescimento do setor desde 2017 (quando a alta foi de 14,2%).
Parte do resultado positivo esperado para 2023 será apenas efeito da comparação com um 2022 fraco, dizem economistas, e as projeções otimistas ocorrem porque a safra deve ser recorde. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) diz que a safra de grãos, cereais e leguminosas deve alcançar 293,6 milhões de toneladas em 2023, uma alta anual de 11,8%.
A expectativa é que o setor será o único a crescer de forma expressiva em 2023, quando o PIB do Brasil deve ficar praticamente estagnado. “Nossa projeção de PIB está abaixo do mercado. Tem casas que apontam 1% e nós estamos com 0,2% — isso com o agro, que é 10% do PIB, avançando 8%. Então projetamos uma queda pesada da atividade em geral”, afirma Marina Garrido, economista do instituto.
Considerando que as secas que prejudicaram o setor nos últimos dois anos podem estar relacionadas ao fenômeno La Niña, que deve perder força a partir do segundo trimestre de 2023, podemos esperar que a alavanca da economia deva ser principalmente a soja e o milho.