Os primeiros atos deste 7 de Setembro, que comemora o bicentenário da Independência do Brasil, foram marcados por desfiles cívico-militares em pelo menos 14 capitais do país, além de manifestações a favor e contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) em outras cerca de 300 cidades, segundo reportagem do site ‘gazetadopovo.com”.
As celebrações deste ano marcaram o retorno dos desfiles militares após a pandemia da Covid-19.
Ontem, no principal ato do dia, realizado em Brasília, uma multidão acompanhou o desfile na Esplanada dos Ministérios, onde o presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu as comemorações com a primeira-dama, Michelle, e autoridades estrangeiras como os presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa; de Cabo Verde, José Maria Neves; e de Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló.
Já na tribuna de honra, participaram da solenidade com o presidente o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e os comandantes das três Forças Armadas: general Freire Gomes (Exército); o almirante de esquadra Almir Garnier (Marinha); e o tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica).
Também estiveram na solenidade o vice-presidente Hamilton Mourão e o candidato a vice na chapa à reeleição, Walter Braga Netto (PL), que não ocupa cargo público. E, ao lado do presidente, o empresário catarinense Luciano Hang.
Não compareceram no evento os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD); da Câmara de Deputados, Arthur Lira (PP); e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Lira e Pacheco publicaram mensagens sobre o 7 de Setembro.
Além do desfile das Forças Armadas, das Polícias Militar e Rodoviária Federal e do Corpo de Bombeiros, o ato em Brasília também teve a apresentação de tratores de empresários do agronegócio, de grupos religiosos e de grupamentos escolares, principalmente das escolas cívico-militares do Distrito Federal.
O desfile cívico-militar teve uma prévia com a apresentação de paraquedistas que pousaram na Esplanada segurando bandeiras do Brasil, ao som de uma das bandas do Exército. Os “pracinhas” da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que combateram na 2ª Guerra Mundial, abriram o desfile, seguidos pela passagem de diversos tratores, representando o setor do agronegócio.
O ato foi acompanhado por uma multidão de pessoas em arquibancadas montadas ao longo do Eixo Monumental. Em um breve momento, houve manifestação de algumas pessoas que gritaram “a nossa bandeira não será vermelha”. Durante a passagem dos tratores também houve comemoração do público em apoio ao agronegócio.
Perto da Esplanada dos Ministérios, onde ocorreu o desfile em Brasília, enfermeiros fizeram um protesto em frente ao Museu da República criticando a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu o aumento do piso salarial. “Enfermagem na rua. Barroso a culpa é sua”, gritaram os manifestantes.
Manifestações populares
Ao longo do dia, também ocorrem manifestações populares em cerca de 300 cidades do país, tendo como pauta “a defesa das liberdades, o respeito à democracia e a demanda por eleições transparentes”. Os atos civis contam com a adesão, principalmente, de apoiadores do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro – que convocou seus seguidores a participar.
Os atos tiveram como pauta a defesa das liberdades e de eleições transparentes e auditáveis, e o respeito às instituições. O apoio à reeleição de Bolsonaro também foi expressado, embora os organizadores salientem que as manifestações do feriado não são atos de campanha.