Caso governo de Mato Grosso decida pelo retorno às aulas presenciais o Sintep não descarta greve.

“Se o governo sinalizar o retorno presencial, a greve não está descartada. Acredito que a categoria já tenha amadurecido as dificuldades, em relação às pessoas que perdemos durante esta pandemia. Com certeza, vão exercer a atividade de paralisação em defesa da vida”, declarou o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Valdeir Pereira.

Segundo o sindicalista há negligência do chefe do Executivo estadual Mauro Mendes e do secretário estadual de Educação, Alan Porto.

Conforme Valdeir, o momento não é propício para voltar às atividades escolares presenciais, uma vez que 30 profissionais da educação faleceram em decorrência da covid-19.

“O ponto principal é de que só há segurança de retorno se houver a imunização da população, caso contrário, é um risco muito grande. O prejuízo se concretiza com várias pessoas se contaminando. Até janeiro, tivemos 30 profissionais da educação que faleceram, mesmo com atividades remotas, imagina com a retomada sem a imunização”, disse.

Ainda que professores estejam no grupo prioritário de vacinação, a contaminação pode ocorrer entre os alunos, segundo Valdeir. O presidente concorda com a vacinação dos trabalhadores da saúde e segurança, mas as aulas só devem retornar assim que todos forem imunizados, por conta do risco de infecção em sala de aula.

Valdeir cita o caso de uma escola de Matupá, em que uma pessoa foi diagnosticada com covid-19 e não foi isolada. “Esse caso de Matupá mostra o despreparo total do governo de estado de Mato Grosso, em que as pessoas estavam dentro da escola e tiveram o contato com a pessoa diagnosticada com covid, e o governo ao invés de colocarem todos que tiveram em contato em isolamento, ele determinou o retorno das atividades da escola. Isso demonstra que por parte da Seduc, não há conversa com a  Secretaria de Estado de Saúde (SES)”, pontua.

O presidente não deixa de criticar a postura do governador e do secretário de educação. “Não tem a responsabilidade suficiente pra tomar as decisões de governo, porque se trata de saúde, ha negligencia nesse ponto e a irresponsabilidade porque fica nessa indecisão e lá na ponta, onde deve chegar a educação pública de qualidade, as pessoas ficam sem ter essa oferta”, afirma.

(Com Gazeta Digital)

Compartilhe.

Jornalista, produtor cultural e escritor. Walney de Souza Rosa (Vavá Rosa) presta assessoria e escreve para sites de Mato Grosso e de todo o Brasil. Seus artigos literários e culturais já foram publicados em jornais da Europa, Canadá e Estados Unidos. Idealizador e Fundador em 21 de janeiro de 2011 da Academia Lítero-Cultural Pantaneira, que compõe escritores, poetas, músicos e defensores da cultura pantaneira (com sede em Poconé) Entre obras já publicadas: A fé e o fuzil (A história de Doninha do Caeté); Boca da Noite (Ficção policial); Ei amigo (A história do Lambadão de Poconé).

Deixe uma resposta