Conheça defensor público do AP portador de TEA, apaixonado pelo mundo geek e jogos de tabuleiro

Defensor que lida com inúmeros processos no cotidiano quebra o ‘tabu’ da seriedade e mostra seus mais de 500 jogos de tabuleiro e coleção de itens geeks e nerds que o ajudaram após diagnóstico tardio. Defensor público mostra sua coleção de itens nerds e geeks
Jorge Júnior/Rede Amazônica
Alexandre Oliveira Koch, que é defensor público no Amapá há 6 anos, abriu a sua casa e mostrou que por trás de uma figura profissional que transmite seriedade no cotidiano, não pode deixar de existir um ser-humano e sua personalidade particular, o que o faz levar a vida com leveza, principalmente após descobrir ser portador de Transtorno do Espectro Autista (TEA).
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O defensor é um fã de carteirinha dos filmes, séries e jogos, referentes ao mundo geek e nerd, além de colecionar cerca de 500 jogos de tabuleiro, o que o ajudou na socialização devido ao seu diagnóstico tardio, há pouco mais de um ano.
Alexandre é um defensor público apaixonado pelo mundo geek
Jorge Júnior/Rede Amazônica
Em sua sala, a sobriedade dos processos e vestimentas como terno e gravata, o que é de certa forma um protocolo para a profissão, ganham mais de sua personalidade quando percebe-se que ao redor, o ambiente é completamente tomado pelos personagens de desenhos e animes nas estantes e decorações criativas de super-heróis.
“Quem me vê de terno e olha pro meu relógio, por exemplo, que é do Capitão América, já tem esse espanto, esse choque, porque parece realmente que uma coisa acaba escondendo a outra, mas não, você pode ser profissional ter um hobby, no mundo geek, no mundo nerd”, disse Alexandre.
Defensor público mostra sua coleção de itens nerds e geeks
Jorge Júnior/Rede Amazônica
Defensor público mostra sua coleção de itens nerds e geeks
Jorge Júnior/Rede Amazônica
Tabuleiro e socialização 🎲
Alexandre conta sobre sua dificuldade de socialização ao decorrer da vida, mesmo sem saber que estava lidando com o autismo. Ele conta que o jogo de tabuleiro foi uma peça chave e terapêutica, que o ajudou no processo mesmo antes de descobrir a condição. Hoje, em sua casa, ele tem um cômodo cheio dos jogos.
“Os jogos de tabuleiro foram uma forma que eu tive para começar uma socialização com outras pessoas […] Isso pra mim foi fundamental, mesmo sem eu saber na época que eu era autista […] e com o tempo a minha coleção foi crescendo e eu entendo que pro meu próprio diagnóstico foi um passo muito grande, de socializar dessa forma, pra mim foi fenomenal o resultado final disso”, contou.
Defensor público mostra sua coleção de itens nerds e geeks
Jorge Júnior/Rede Amazônica
O defensor é tão apaixonado por jogos de tabuleiro, que na coleção, há inúmeros deles ainda embalados em plástico. Segundo ele, nem será possível jogar tudo ainda em vida,
“Isso aqui vai ficar até de herança, que eu não vou conseguir jogar tudo em vida. A minha coleção atual tá em quase 500 jogos. Eu acho que eu devo ter jogado um 70% disso. Os que estão lacrados a gente até brinca dentro do meio falando que é a estante da vergonha, que a gente tem que jogar eles, jogo lacrado não pode acontecer. A gente compra porque a gente joga, porque gosta”, disse em ‘justificativa’ os jogos lacrados.
Defensor público mostra sua coleção de itens nerds e geeks
Jorge Júnior/Rede Amazônica
Ele explica que o foco em jogos de tabuleiro, surgiu após ele ser introduzido à um jogo em específico pelo seu amigo há alguns anos, o “Twilight Imperium”. Um jogo de estratégia espacial que pode durar até 16 horas em uma única partida e que hoje em dia é o seu favorito.
“Eu tava começando no hobby, um amigo tinha a versão dele, foi um jogo que eu achei interessante, é um jogo de exploração espacial, que eu achei um jogo bonito na mesa, achei um jogo mecanicamente interessante e eu tive muita vontade de incluir ele na minha coleção. Além do jogo em sí, ele tem um valor sentimental muito grande”, disse o defensor.
Alexandre mostra seu jogo favorito ‘Twilight Imperium’
Jorge Júnior/Rede Amazônica
Alexandre é uma prova de que mesmo com a postura séria exigida por sua profissão, não é preciso deixar a sua personalidade de lado, já que seus gostos não o fazem menos profissional. Afinal, seu lado nerd é um fator elementar pra que não se esqueça que a diversão é também muito importante.
“Hoje eu sei que eu consigo lidar melhor com o TEA, por conta dessa socialização. E acho que realmente o mundo nerd, o jogo de tabuleiro, ele salva”, finalizou.
Amapá Pop: defensor público é apaixonado pelo mundo geek
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Fonte: G1