Na recente sessão de 27 de fevereiro que ocorreu na Câmara Municipal dos Vereadores de Poconé, mais uma proposta do Vereador Fábio Oliveira (UB) foi aprovada.
Trata-se de uma Indicação encaminhada ao Senhor Alan Resende Porto, Secretário de Estado de Educação, no sentido de enviar a Câmara Municipal dados relacionados a qualidade de ensino das escolas militares do Estado de Mato Grosso.
“Atendendo a pedido de pais, estudantes e alguns profissionais da educação, pedi ao Governo do Estado para esclarecer sobre a qualidade de ensino das Escolas Militares e em seguida faremos uma ampla discussão com a Prefeitura Municipal e sociedade para vermos a possibilidade da implantação de uma unidade educacional em Poconé”, declarou o Vereador Fábio Oliveira ao site MTTotal.
Em Mato Grosso, as escolas militares se destacam pelos índices de aprendizagem, de acordo com a avaliação do IDEB, índice que mede a qualidade da Educação no Brasil.
Atualmente são 26 unidades no estado e o Governo planeja ampliar o modelo cívico-militar compartilhado em pelo menos 50 escolas, entretanto, afirma que a opção pela implantação do modelo será sempre discutida com a comunidade escolar e dependerá da aceitação da população. A criação de novas escolas militares somente ocorrerá se houver aceitação da maioria da comunidade.
Até o ano de 2023, segundo a Seduc, no ensino fundamental das dez primeiras escolas da rede estadual de ensino com melhores pontuações, sete são unidades militares, ocupando inclusive as seis primeiras colocações.
A secretária-adjunta de Gestão Regional da Seduc, Mozara Guerreiro, declarou no ano passado que a intenção da Seduc é de atender as escolas mais vulneráveis, principalmente no quesito violência. “Hoje, a Seduc tem esse mapeamento”, disse.
Ela descartou que a vaga dos alunos nas escolas cívico-militares seja por meio de processo seletivo. Segundo a adjunta, o foco do governo é atender os alunos oriundos de famílias vulneráveis financeiramente. “A Seduc tem mapeamento das escolas mais violentas. As escolas podem ser criadas ou transformadas. É possível começar com essas unidades escolares, mas antes vamos fazer uma consulta aos pais para saber se querem que a escola seja transformada em cívico-militares”, disse a secretária em entrevista coletiva na época.