As queimadas urbanas prejudicam a população principalmente em períodos de estiagem, como o que ocorre neste momento, e são consideradas um crime ambiental.

A Prefeitura de Poconé, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em parceria com a Defesa Civil, lançou a campanha de prevenção e combate aos incêndios urbanos e florestais no município.

O objetivo da campanha que tem o tema “QUEIMAR É CRIME!” é sensibilizar a população em relação aos perigos que as queimadas podem trazer à saúde pública em meio à pandemia do Covid-19 e sobre a importância da participação dela nas ações de prevenção e combate.

Além disso, ela faz um alerta para os que descumprem a Lei Federal nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998 (Lei de Crimes Ambientais), que determina as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.

A Secretária Municipal de Meio Ambiente de Poconé, senhora Danielle Assis, fala sobre seus malefícios e promove conscientização sobre o ato.

“É uma prática comum dos moradores das cidades, que consiste em atear fogo no lixo, em restos de poda ou roçagem, e em terrenos ou espaços vazios com muito mato. Afeta a saúde humana, pois há diversos elementos tóxicos contidos na fumaça da queimada, entre eles o material particulado, que é formado por partículas de vários tamanhos, sendo que as menores – finas ou ultrafinas – percorrem todo o sistema respiratório ao serem inaladas e conseguem transpor a barreira epitelial, ou seja, o tecido que reveste os órgãos internos. Há também o monóxido de carbono – CO – que, quando inalado, atinge o sangue e se liga à hemoglobina, impedindo o transporte de oxigênio para células e tecidos do corpo”, explica a secretária, preocupada com o período de estiagem que já estamos enfrentando.

A preocupação maior neste ano é devido ao Covid-19; “Todos sabemos dos cuidados que temos que ter com a transmissão do Covid-19, uma pessoa que contraiu essa doença fica mais frágil se o ambiente estiver com fumaça, por isso a atenção deve ser redobrada”, recomenda Danielle.

As pessoas que mais sofrem são os idosos e as crianças, segundo ela, pois a inalação da fumaça “pode provocar infecção do sistema respiratório, asma e bronquite; irritação nos olhos, nariz e garganta; tosse; falta de ar; vermelhidão e alergia na pele; conjuntivite e distúrbios cardiovasculares”. “Nos quadros de doenças como rinite, asma, bronquite, e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC, podem ocorrer agravamento com a inalação da fumaça”, menciona.

Já a Diretora de Meio Ambiente, Dra. Carla Rondon descreve que “as queimadas urbanas são consideradas crime ambiental, de acordo com a Lei de Crimes Ambientais, nº 9.605 de 1998 que, em seu artigo 54, descreve o crime de poluição, que consiste no ato de causar poluição, de qualquer forma, que coloque em risco a saúde humana ou a segurança dos animais, ou destrua a flora”. “Um exemplo clássico desse tipo de crime é a queimada de lixo doméstico, que emite poluição na forma de fumaça, causa risco de incêndio para as habitações locais, destrói a vegetação e pode causar a morte de animais que ocupem as redondezas”, diz Carla.

A Prefeitura de Poconé com a campanha “QUEIMAR É CRIME!” alerta para preservação do pantanal, na zona urbana e zona rural, os cuidados são com o cidadão poconeano e com o meio ambiente.

A equipe da prefeitura municipal de Poconé acredita que, se as pessoas possuírem conhecimentos básicos sobre combate a incêndios, podem auxiliar, mas um princípio de incêndio não pode ser combatido de qualquer forma: tem que ser de maneira correta e por pessoas especializadas, como os bombeiros. O mais recomendado é acionar o Corpo de Bombeiros, que se encontra no município.

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Jornalista, produtor cultural e escritor. Walney de Souza Rosa (Vavá Rosa) presta assessoria e escreve para sites de Mato Grosso e de todo o Brasil. Seus artigos literários e culturais já foram publicados em jornais da Europa, Canadá e Estados Unidos. Idealizador e Fundador em 21 de janeiro de 2011 da Academia Lítero-Cultural Pantaneira, que compõe escritores, poetas, músicos e defensores da cultura pantaneira (com sede em Poconé) Entre obras já publicadas: A fé e o fuzil (A história de Doninha do Caeté); Boca da Noite (Ficção policial); Ei amigo (A história do Lambadão de Poconé).

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