O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) adiou o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que pede a suspensão liminar da Lei Estadual nº 11.861/22, conhecida como Lei do Pantanal, que flexibiliza a proteção ambiental à Bacia do Alto Paraguai no Estado de Mato Grosso.
O julgamento estava previsto para ocorrer na tarde desta quinta-feira (9). Entretanto, foi retirado de pauta após pedido de vista (mais tempo para análise) feito pela desembargadora Serly Marcondes Alves.
O pedido de inconstitucionalidade partiu do ex-procurador-geral de Justiça do Estado de Mato Grosso, José Antônio Borges, e do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT).
Segundo o MP, a nova lei estimula o desmatamento, “com claro incentivo à pecuária extensiva sem controle”, considerado o carro-chefe das destruições e secas na região do Pantanal. A ação está sob a relatoria da presidente do Tribunal de Justiça, a desembargadora Clarice Claudino da Silva.
À época, o então procurador-geral de Justiça disse que a Assembleia Legislativa aprovou o Projeto de Lei 561/2022 em menos de dois meses de tramitação, “preferindo se omitir na boa gestão ambiental, sem políticas de prevenção e de repressão aos desastres”.